AÇÃO 1 - ENSINO ESCOLAR
Acreditar, pensar, escolher, procurar, visitar páginas, reler, repensar... E, assim, se entra na fantástica aventura que vai permitir colher ideias e conhecimentos, partilhar saberes e reunir experiências. E quando se relata o que se viveu, viu, experienciou, aprendeu, o outro, aluno ou colega, caminha pelos nossos pés, vê pelos nossos olhos, abrindo-se-lhe talvez não uma porta, mas pelo menos uma janela.
18 a 24 de setembro de 2022
Benchmarking courses & Study visits in Finland
Helsínquia
Durante este curso, os participantes, ambos adjuntos da equipa do Diretor da ESAG, tiveram a oportunidade de visitar escolas com vários níveis de ensino e percursos educativos diferenciados e ainda de assistir à apresentação dos respetivos projetos educativos locais, momentos muito estimulantes pois foi possível observar metodologias, práticas de ensino, procedimentos de organização, tecnologia utilizada e partilha de boas práticas, objetivos dos participantes e a motivação para terem escolhido este curso.
Houve lugar a conferências sobre programas de estudo aplicados com a utilização de tecnologias e também a outras sobre gestão escolar. Neste âmbito, o debate em torno dos temas apresentados, “Incluir as etapas e o bem-estar dos alunos na Educação finlandesa”, “See The Good”, “O Sistema Educacional Finlandês – Menos é mais” e “Pedagogia liderança, Coaching & Inovação”, foram muito proveitosos e rentáveis, permitindo extrair um conjunto de ideias que pode ser implementado na nossa escola apesar da legislação sobre autonomia escolar ainda ser muito limitante.
Efetivamente, e para se listar apenas alguns poucos exemplos, seria ótimo se os alunos pudessem realmente escolher as disciplinas que querem estudar no ensino básico bem como implementar, por exemplo, aulas de culinária, costura ou oficinas no âmbito das manualidades, aprendizagens de base essenciais e em falta nos currículos.
A liberdade de escolha dos manuais por parte de cada professor também seria benéfica para o nosso sistema educativo, para que cada professor não ficasse refém de manuais adotados por longos períodos, como é atualmente o caso, e cuja escolha resulta de uma votação por maioria.
Será muito importante equipar a nossa escola com mais tecnologia como painéis interativos, móveis mais adequados às diferentes tarefas e tipos de trabalho que permitem uma melhor organização do espaço da sala de aula também fará parte das nossas prioridades assim que se obtiver financiamento para isso.
Uma outra questão deveras interessante, em termos de alimentação, foi ver as escola oferecerem diariamente diversidade alimentar, com prato de carne, peixe, vegetariano, dieta, entre outros, enquanto em Portugal há um cardápio definido pelo ministério que é muito rígido, o que resulta em um grande desperdício de alimentos, e muitos alunos a comerem sandes no bar.
Para além destas sessões, foi feita uma visita guiada sobre a história do país e ocorreram visitas a alguns edifícios emblemáticos da capital da Finlândia e da Estónia. Acresce a estes aspetos o convívio e partilha de ideias e projetos com os restantes participantes no programa, oriundos de vários países da Europa, proporcionou novas perspetivas de trabalho para o futuro.
Em súmula, a frequência deste curso possibilitou a perspetivação de novas abordagens pedagógicas, quer no trabalho individual, quer no trabalho de grupo; aprendeu-se, pela observação direta, que é possível e benéfico aplicar diferentes estilos de ensino em função dos objetivos, necessidades e interesses dos alunos; observou-se a utilização de animais, como os cães, nos processos de ensino e aprendizagem com alunos com necessidades educativas especiais pois facilitam e melhoram a interação com os discentes; percebeu-se que é necessário tornar os processos administrativos mais simples, eliminando burocracias e redundâncias desnecessárias.
Será ainda de salientar que um dos aspetos mais positivos deste programa diz respeito à partilha de práticas no âmbito dos processos educativos, o que muito contribui para a melhoria das competências pessoais e profissionais dos participantes.
Exploring Biodiversity and Ecology Through the Lens of Creativity and Culture.
Barcelona, 11 a 17 de setembro.
Biodiversidade do Jardim Botânico
Visita Cultural
O que aprendemos neste curso?
Estivemos durante uma semana com um professor e membros de uma ONG de uma região diferente e partilhamos experiências relacionadas com o ensino e aprendizagem de biodiversidade e de ecologia.
Construiu-se e tomou-se conhecimento de como os recursos materiais (por exemplo, Journey Stick) podem ser utilizados como ferramentas pedagógicas para documentar a biodiversidade de uma comunidade ou área local. Também aprendemos como este instrumento pode mediar e/ou facilitar a comunicação com alunos com habilidades linguísticas limitadas e/ou competências participativas (ou seja, um recurso instrucional inclusivo).
Examinamos uma perspetiva de ensino e aprendizagem da biodiversidade como uma tentativa de ver o ser humano como parte integrante da Natureza.
Participamos ativamente de atividades práticas ao ar livre que incorporaram tecnologia (Wikiloc) para criar uma “Trilha” da biodiversidade que documentasse a fauna e flora local em uma floresta.
Foi exposto a relevância da Biodiversidade & Ecologia no currículo escolar e reunimos uma série de recursos (links).
Examinamos o nosso próprio conhecimento dos principais conceitos de biodiversidade e ecologia.
Reconhecemos as diferenças entre modelos estáticos e dinâmicos para ensinar e aprender biodiversidade e ecologia.
Realizamos uma atividade prática (Sit Spots) que demonstrou o potencial para o desenvolvimento de habilidades de observação.
Discutimos métodos instrucionais (ensino e aprendizagem baseados em projetos) que têm sido eficazes para ensinar e aprender Biodiversidade e Ecologia dentro e fora da escola.
Exploramos os aspetos práticos e teóricos do ensino/aprendizagem baseado em projetos.
Construímos um Bug Hotel como exemplo de como as crianças podem ser ativas na promoção da biodiversidade local. (Observar---Entender---Agir---Observar-----Entender---)
Discutimos a Abordagem Universal Design Thinking como uma estrutura potencial para projetar e implementar projetos em sala de aula-escola-comunidade.
Estabelecemos um plano organizado para implementar o que aprendemos na sala de aula da escola.
Visitamos várias obras projetadas por Antoni Gaudi entre as quais o Parque Güell, uma das mais belas obras-primas da arquitetura de Barcelona. Foi construído durante a etapa naturalista de Gaudí, que se caracteriza pela inspiração que ele extraiu das formas orgânicas da natureza.
Foi uma experiência fantástica que permitiu desenvolver competências que vão melhorar o processo de ensino aprendizagem que desenvolvemos diariamente.
Ana Fonseca e Gracinda Oliveira
Algumas reflexões sobre este curso
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Foi fantástico ver que os suecos valorizam a educação e que os pais respeitam o trabalho da escola e acreditam nele. Além disso, assumem a sua responsabilidade no processo. Isso representa uma enorme diferença cultural, pois noutros países, nomeadamente no meu, nem todos assim pensam, ideia que é transmitida aos alunos.
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A coisa que me impressionou mais foi a independência dos alunos e jovens em geral.
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Foi ótimo: - conhecer aspetos relevantes do Sistema Educacional Sueco; - observar exemplos de práticas de ensino em escolas na Suécia; - participar em palestras e workshops relacionados com a educação e com aspetos culturais da sociedade sueca; - participar em projetos de aprendizagem em campo/contexto “Contexts4Content” em locais de significado natural, histórico e cultural como base para o desenvolvimento de materiais didáticos para auxiliar os alunos a atingirem os objetivos e a estarem cientes da riqueza sociocultural da Europa; - discutir e planear estratégias de divulgação; - promover a dimensão europeia na educação através de redes com outros participantes.
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Sendo docente de inglês foi uma grande oportunidade para discutir estes assuntos com outros colegas, de muitas áreas disciplinares, mas muitos da minha. Isso deu-me uma perspetiva das dificuldades que os alunos têm nos diferentes países.
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Além do fato de ter me aproximado bastante de alguns colegas desenvolvendo uma amizade, há os vínculos profissionais e conexões que foram criadas e, inclusive, iremos começar a trabalhar com uma dessas pessoas e escolas já este ano de 2022.
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Quanto à melhoria das competências concretas, destaca-se o reforço das competências digitais, de colaboração e organização, de comunicação eficaz, de escuta ativa e de gestão de relacionamentos, pois tivemos de trabalhar juntos, em grupos maiores ou menores, e experimentar diversos tipos de dinâmicas.
Värmdö Gymnasium
Fragmentos de Estocolmo e de Uppsala
Värmdö Gymnasium
LBS Kreative Gymnasiet
Fridegärd Gymnasiet
Entre os dias 3 e 8 de outubro de 2002 , tive a oportunidade de realizar um curso de formação, no contexto no Programa Erasmus, Ação KA2, na Academia Europass Teacher, em Florença, Itália.
O curso designado “Design the Positive: Positive Thinking, Positiive Communication and Positive School Spaces” teve como principais objetivos a apresentação dos princípios teóricos da Psicologia Positiva e o desenvolvimento de técnicas de aplicação do pensamento e comunicação positiva, no espaço da sala de aula e da escola.
Ao longo do curso, eu e as restantes participantes, oriundas de diferentes países europeus (Espanha, Finlândia, Polónia e Sérvia), tivemos a oportunidade de interagir em trabalho de grupo e realizar algumas dinâmicas de role-play, assim como experimentar alguns exercícios de mindfulness com vista à promoção do autoconhecimento e do bem-estar. Foram ainda dadas a conhecer algumas aplicações e websites que promovem e divulgam diferentes estratégias para desenvolver a comunicação positiva.
O curso incluiu, também, uma vertente cultural, dado que nos proporcionou visitar a cidade de Florença, um verdadeiro museu a céu aberto.
A experiência foi bastante enriquecedora dado que pudemos conhecer não só realidades diferentes, assim como distintas formas de ser, estar e pensar sobre o contexto educativo.
Esta formação mostrou que, de facto, o sucesso educativo depende também da promoção do bem-estar e do desenvolvimento de competências ao nível da inteligência emocional no espaço escolar e cabe-nos a nós, professores, ser agentes dessa mudança.
Susana Peixoto, professora de Inglês